4/29/2013

Trufas e Suas Safras

A concorrência é acirrada desde a “produção” e os melhores horários para encontrar a trufa são o inicio da manhã, pois o ar matinal impregna-se do cheiro forte e característico exalado pela histórica iguaria e o fim do dia. 
Duas peças são fundamentais para o sucesso da descoberta. A primeira delas é o “Tartufaio”(ou cavatore) camarada solitário que não divide nem com o próprio irmão o local, também chamado de campo, onde possivelmente podem estar escondidos os tartufos, e com ele leva uma espécie de pá conhecida na região pelo nome de “Palina”. A outra são os cachorros treinados com a função única e exclusiva de farejar e encontrar as minas desse ouro branco.
“Se algum caçador encontra trufa em determinada árvore, procura deixar a área em volta exatamente com estava antes da extração. A idéia é não revelar aos outros caçadores onde elas estão florescendo, já que costumam nascer perto uma das outras. A concorrência é desleal. Tudo já foi tentado para criar “em cativeiro” as trufas. Em vão. Elas são selvagens e não se prestam ao cultivo. Um verdadeiro capricho da natureza”.
As trufas também têm safras, anos bons ou ruins. “Normalmente quando é bom para a trufa é ruim para o vinho, já que uma precisa de chuva e umidade e o outro, de sol”. Um ano ruim não significa trufas ruins. A qualidade dos tartufos pode ser ótima. O que define a má colheita, na verdade, é a escassez. “O ano é ruim quando poucas trufas foram encontradas e o preço explode.”

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